Foto: Divulgação do artista
Adriana Crisanto
As tentativas de aproximar moda e arte não é coisa recente. Diga-se de passagem que o Museu de Arte de São Paulo (MASP) guarda, em seu acervo, um vestido desenhado por Salvador Dalí. Nos anos 60, Lygia Clark e Hélio Oiticica criavam obras para serem vestidas. Nos 80, Leda Catunda e Leonilson também se valeram dos códigos da indumentária para compor seus objetos.
Aqui na Paraíba o artista plástico Amenemar Tenório desenha suas obras em roupas da moda praia e até tem uma griffe chamada “Perto da Lua”. Recentemente o artista plástico paraibano Tito Lobo teve algumas de suas telas impressa na coleção verão 2006 da marca Lygia & Nanny, das empresárias e irmãs Lygia Moreno e Nanny.
A griffe está presente na moda praia, fitness e sportwear há 25 anos e tem apresentando crescimento a cada coleção. Lygia Moreno, uma das empresárias da marca, em uma de suas viagens a João Pessoa para acompanhar o marido e o filho em competições de Kitsurf, disse que se impressionou logo que viu as telas de Tito Lobo.
O cruzamento das linguagens (artes plásticas e moda) criam artefatos híbridos – bem adequados ao momento contemporâneo. Como destacou, Lygia Moreno, que inspirada nessa possibilidade de cruzamentos, de contaminação dos meios. A coleção, segundo a estilista, terá número limitado. Para a coleção verão 2006 ela lança duas espantas e no próximo ano mais duas. “Quem comprou comprou, quem não comprou não compra mais”, comentou.
A outra novidade que Lygia Moreno traz, além da arte de Tito, é o fio da lycra da peças. O material utilizado se chama “amni” da empresa Rohia. A malha é mais macia e proporciona mais conforto. A coleção será lançada, segundo Tito Lobo, será lançada também em Portugal, na cidade de Viseu, na Natural Fashion e na cidade de Sino, com apoio do Cassino Vistoriu.
Para quem não a conhece Lygia Moreno começou a participar de competições de Windsurf em 1979, tornando-se campeã de sua categoria por vários anos, o que rendeu uma ligação com a Maio e a Lygia Campeã. Um dos fatores que contribui para propagação da griffe, foi quando a atleta competiu em adiantada fase de gravidez e consagrou-se vice campeã mundial. Lygia e Nanny tem conquistado um público fiel de todas as faixas etárias de idade.
Questionar a existência de uma moda autenticamente brasileira é como questionar a transparência de nossa cultura. Somos um produto de cruzamentos, uma cultura mestiça, dependente, em conflito com as nossas próprias vocações. A moda não poderia ter a seu cargo resolver um problema que o país e seu povo não resolveram. No livro a História da Moda no Brasil, editado pelo Centro Cultural Cândido Mendes e a TV Educativa, os estilistas Ruth Joffily e Luiz Antônio Aguiar revelam que haverá cultura e moda brasileiras quando o povo brasileiro for ideológica e economicamente autônomo o bastante para gerar seu estilo e circunstâncias próprios de vida. Para Tito Lobo o prazer de ver suas telas valorizadas desta maneira só o deixa mais animado a querer seguir em frente e produzir cada vez mais.
As peças em breve serão lançadas na capital com grande desfile com modelos. Por enquanto a estilista e o artista plástico estão divulgando os trabalhos na mídia impressa e eletrônica.
Tendência – Atualmente ligar a moda com música e atitude, por exemplo, é bem simples. Basta você ir num show e olhar à sua volta. Adeptos da música eletrônica se vestirão de uma maneira, rappers de outra, roqueiros e seus mais variados estilos (metal, punk, indie, rockabilly...) de uma outra bem diferente.
Já existem várias marcas que estão se mobilizando nesse sentido, e o rock é uma das grandes apostas. As próprias Triton e Ellus, conceituadíssimas, têm buscado um público mais jovem com esse estilo. Já em festivais alternativos que acontecem no Brasil, é usual darmos de cara com banquinhas que vendem roupas e acessórios que remetem ao rock´n´roll que também está sendo visto no palco. São marcas menos conhecidas, mas não menos descoladas.
Recentemente a jornalista Goretti Zenaide, que acompanha os eventos de moda pelo país, revelou em reportagem aqui no Jornal O NORTE, a perfeita sinergia entre a cultura e a moda durante do BH Fashion Music que aconteceu no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Os desfiles foram verdadeiros shows e a Cavalera, apoiada por um projeto do governo do Estado, apresentou a coleção primavera-verão com peças de rendas feitas no cariri paraibano e com shows simultâneos das Ceguinhas de Campina Grande e Zabé da Loca e sua banda de pífanos.
Aqui na Paraíba o artista plástico Amenemar Tenório desenha suas obras em roupas da moda praia e até tem uma griffe chamada “Perto da Lua”. Recentemente o artista plástico paraibano Tito Lobo teve algumas de suas telas impressa na coleção verão 2006 da marca Lygia & Nanny, das empresárias e irmãs Lygia Moreno e Nanny.
A griffe está presente na moda praia, fitness e sportwear há 25 anos e tem apresentando crescimento a cada coleção. Lygia Moreno, uma das empresárias da marca, em uma de suas viagens a João Pessoa para acompanhar o marido e o filho em competições de Kitsurf, disse que se impressionou logo que viu as telas de Tito Lobo.
O cruzamento das linguagens (artes plásticas e moda) criam artefatos híbridos – bem adequados ao momento contemporâneo. Como destacou, Lygia Moreno, que inspirada nessa possibilidade de cruzamentos, de contaminação dos meios. A coleção, segundo a estilista, terá número limitado. Para a coleção verão 2006 ela lança duas espantas e no próximo ano mais duas. “Quem comprou comprou, quem não comprou não compra mais”, comentou.
A outra novidade que Lygia Moreno traz, além da arte de Tito, é o fio da lycra da peças. O material utilizado se chama “amni” da empresa Rohia. A malha é mais macia e proporciona mais conforto. A coleção será lançada, segundo Tito Lobo, será lançada também em Portugal, na cidade de Viseu, na Natural Fashion e na cidade de Sino, com apoio do Cassino Vistoriu.
Para quem não a conhece Lygia Moreno começou a participar de competições de Windsurf em 1979, tornando-se campeã de sua categoria por vários anos, o que rendeu uma ligação com a Maio e a Lygia Campeã. Um dos fatores que contribui para propagação da griffe, foi quando a atleta competiu em adiantada fase de gravidez e consagrou-se vice campeã mundial. Lygia e Nanny tem conquistado um público fiel de todas as faixas etárias de idade.
Questionar a existência de uma moda autenticamente brasileira é como questionar a transparência de nossa cultura. Somos um produto de cruzamentos, uma cultura mestiça, dependente, em conflito com as nossas próprias vocações. A moda não poderia ter a seu cargo resolver um problema que o país e seu povo não resolveram. No livro a História da Moda no Brasil, editado pelo Centro Cultural Cândido Mendes e a TV Educativa, os estilistas Ruth Joffily e Luiz Antônio Aguiar revelam que haverá cultura e moda brasileiras quando o povo brasileiro for ideológica e economicamente autônomo o bastante para gerar seu estilo e circunstâncias próprios de vida. Para Tito Lobo o prazer de ver suas telas valorizadas desta maneira só o deixa mais animado a querer seguir em frente e produzir cada vez mais.
As peças em breve serão lançadas na capital com grande desfile com modelos. Por enquanto a estilista e o artista plástico estão divulgando os trabalhos na mídia impressa e eletrônica.
Tendência – Atualmente ligar a moda com música e atitude, por exemplo, é bem simples. Basta você ir num show e olhar à sua volta. Adeptos da música eletrônica se vestirão de uma maneira, rappers de outra, roqueiros e seus mais variados estilos (metal, punk, indie, rockabilly...) de uma outra bem diferente.
Já existem várias marcas que estão se mobilizando nesse sentido, e o rock é uma das grandes apostas. As próprias Triton e Ellus, conceituadíssimas, têm buscado um público mais jovem com esse estilo. Já em festivais alternativos que acontecem no Brasil, é usual darmos de cara com banquinhas que vendem roupas e acessórios que remetem ao rock´n´roll que também está sendo visto no palco. São marcas menos conhecidas, mas não menos descoladas.
Recentemente a jornalista Goretti Zenaide, que acompanha os eventos de moda pelo país, revelou em reportagem aqui no Jornal O NORTE, a perfeita sinergia entre a cultura e a moda durante do BH Fashion Music que aconteceu no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Os desfiles foram verdadeiros shows e a Cavalera, apoiada por um projeto do governo do Estado, apresentou a coleção primavera-verão com peças de rendas feitas no cariri paraibano e com shows simultâneos das Ceguinhas de Campina Grande e Zabé da Loca e sua banda de pífanos.