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quinta-feira, outubro 26, 2006

Aumenta que é rock

O programa de rock Aumenta que é Rock está promovendo mais uma enquete para saber qual a banda paraibana que o público gostaria que tocasse na próxima edição do festival. As bandas paraibanas Star 61, Cabeça, Dalila no Caos, Dawn Jones, Enquanto Isso, Flying Back, Gargalo, Motherhell, Projeto 50, Poetas do Absurdo, Sem Horas, Sem Horas, Scary Monsters e Rotten Flies estão na concorrência para saber qual delas é a favorita.

O evento Aumenta que é Rock, que teve sua primeira edição em caráter de festival em agosto deste ano, reuniu nomes de peso do rock brasileiro e promessas locais em dois dias de festa na Casa de Cultura Lúcio Lins, no centro histórico da capital. Por lá, segundo os amigos dos organizadores, passaram cerca de 1800 pessoas.

Apesar da quantidade de bandas de rock existentes em João Pessoa e de um público ávido a cidade ainda carece de eventos de grande porte para que essa produção possa ser escoada para outros Estados. Para acessar votar basta acessar a página http://www.festivalaumenta.com/ e votar na sua banda preferida.

Na edição passada do Aumenta que é rock as bandas que agitaram bastante o público foram Star 61, Dawn Jones e Motherhell. A Star 61 que lançou este ano o segundo CD demo é uma das favoritas do público.

O Star 61 ao lado de grupos como The Sylvias, Cabruêra (rock mais regional), Unidade Móvel (rock industrial pop) vem se revelando como um dos mais irreverentes. Depois da extinta banda Flávio Cavalcanti, atual Flávio C, hoje, pode-se dizer sem pestanejar que o Star é o que de melhor existe na cena musical.

Comentários que surge de pessoas que estão sempre ligadas no que há de melhor no cenário local, a exemplo do ator, diretor de teatro e especialista em música alternativa, Everaldo Pontes. Na opinião de Everaldo, o grupo tem uma energia muito verdadeira. Pulsação está que ficou esquecida pelas bandas, devido, talvez, quem sabe, a exigência e urgência que tem os músicos, em se aliar as novas ferramentas da tecnologia, principalmente os que estão surgindo.

No melhor estilo “Placebo purpurina de ser” o efeito deles no palco é poderoso e impressionante. Resultado observado em nomes como Mick Jagger. Algumas pessoas acreditam que este efeito que enlouquece contagia a platéia que os assiste e escuta e isso se deve ao despojamento de Flaviano que a cada apresentação entra vestido com um figurino mais absurdo do que o outro.

Até um vestido de noiva ele já usou. Foi no Festival Mada, no Rio Grande do Norte, onde ganhou o prêmio como banda revelação de 2004, abrindo para o Sepultura. O público foi conquistado ali, à primeira vista, com a performance da noiva Flaviano regando flores no palco.

Fora toda a irreverência à musicalidade em momento nenhum é perdida. A formação é a tradicional, ou seja, baixo (Edy - ex-Flávio Cavalcanti), guitarra (Túlio) e bateria (Walter Marrano), no melhor estilo rock. Tudo isso aliado a voz de Flaviano que já diz tudo.

O talento e despojamento levou a banda a participar do Abril pro Rock de 2005, ganharam a eliminatória de Recife do “Claro Que é Rock”. Existe comentários de que a mídia tenha ofuscado um pouco o trabalho do grupo, pois as matérias falavam mais das bandas de Recife do que o grupo da Paraíba.

Em novembro do ano passado a banda foi para São Paulo para participar do festival Claro Que É Rock, junto com as bandas Cachorro Grande, Iggy Pop & The Stooges, Sonic Youth, Nine Inch Nails, Flaming Lips e outras. A apresentação rendeu um outro convite. Desta vez para se apresentar no Blen Blen, casa de shows paulistana, dentro do projeto 2em1, ao lado das bandas Rock Rocket e Bidê ou Balde.

Para quem quiser conhecer o trabalho da banda pode acessar o website da trama, através do endereço eletrônico http://www.tramavirtual.com.br/star_61. Além do histórico do grupo você escutar as músicas do primeiro CD demo e também o mais recente “Fliperama”. Habilite-se e divirta-se.

Adriana Crisanto

adriana@jornalonorte.com.br

Foto: Arquivo divulgação da banda Cabruêra.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Treze dias com Santa Teresinha



Para quem acredita no poder místico dos santos não pode deixar de adquirir o livro “Trezena de Santa Teresinha” editado pela própria autora, a advogada pernambucana Verônica Campos lançado este mês em Recife. A idéia do livro surgiu espontaneamente, após se tornar uma evangelizadora pela internet.
Atualmente ela coordena três comunidades na rede de relacionamentos Orkut, nas quais sempre preparou orações, novenas, trezenas e tríduos para os vários santos. Foi quando um sacerdote, que faz parte de uma das comunidades, chamou atenção de Verônica para o fato de que Deus havia dado um apostolado muito especial que era o de escrever novenas, o que acabou a estimulando a escritora.
Após muitas orações para obter inspiração surgiu a idéia de escrever uma trezena, uma vez que já existia a novena da santa, que é rezada sempre no período de nove dias (9 a 17 de cada mês). Antes Verônica Campos fez a experiência de rezar os 13 dias para comprovar as ações e efeitos da oração e no meio da semana de orações recebeu como sinal duas rosas em dias diferentes. Uma no novo dia de oração e outra no décimo primeiro dia.
No livro, além da trezena, dispõe de fotos de sua visita ao Carmelo de Santa Teresa, em Liseux, na França. A pequena publicação recebeu a aprovação do bispo de palmares e secretário do regional Nordeste da CNBB, Dom Genival Saraiva de França e do Monsenhor Pedro Teixeira Cavalcante de Alagoas, Macéio.
Para quem não conhece Teresinha, Teresa Martin, Santa Teresa de Lisieux, Santa Teresinha, Santa Teresinha do Menino Jesus são nomes para a mesma pessoa: Irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, carmelita descalça francesa, do séc. XIX, que viveu até os 24 anos de idade.
Marie Françoise Thérèse Martin (Maria Francisca Teresa Martin), seu nome de batismo, nasceu no dia 2 de janeiro de 1873, em Alençon. Quando nasceu, era muito franzina e doente. Desde o nascimento exigia muitos cuidados. Aos dois anos de idade já pensa na idéia de ser religiosa, para a alegria de sua mãe, mas para o desconsolo de seu tio Isidore Guérin (seu futuro tutor sub-rogado).
Em agosto de 1876, a mãe falece vítima de um câncer. É quando o pai e os irmãos se mudam para Lisieux. A prematura morte da mãe, quando tinha 4 anos fez com que ela se apegasse a sua irmã Pauline, que elegeu para sua "segunda mamãe". A repentina entrada dessa irmã no Carmelo, fez a jovem Thérèse, adoecer. Curada pela ‘Virgem do Sorriso’, imagem da Imaculada Conceição que seus pais tinham afeição, tomou uma forte resolução de entrar para o Carmelo.
Entrou para ser aluna na Abadia das Beneditinas de Lisieux, e lá permaneceu por cinco anos, porém após sofrer muitas humilhações, de lá saiu e passou a receber aulas particulares. Ao completar 14 anos Teresa passa por uma experiência que chamou de "Noite da minha conversão". Ao voltar da missa e procurar seus presentes, percebe que seu pai se aborrece por ela apresentar comportamento infantil. A menina decide então a renunciar a infância e toma o acontecido como um sinal inspirador de força e coragem.
Seis meses depois, Teresa decide que quer entrar para o Carmelo (Ordem das Carmelitas Descalças). Como a pouca idade a impede, é levada por familiares, em novembro de 1887, para uma audiência com o Papa, em Roma, para pedir a exceção. Em abril do ano seguinte é aceita. Concedida a autorização ingressou em 9 de abril de 1888 e tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus.
Fez sua profissão religiosa, em 8 de setembro de 1890, e tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus et de Sainte Face, mas ficou conhecida após sua morte como Thérèse de Lisieux.
Inclinada para um temperamento calmo e a triste, Thérèse com lindos olhos azuis, cabelos louros, traços delicados, alta e extraordinariamente bonita, quando escrevia no seu diário “Oh! Sim, tudo me sorrirá aqui na terra”, era uma época em que estava experimentando injustiças e incompreensões. Já atingida pela tuberculose pulmonar, debilitada nas forças, não rejeitava trabalho algum e continuava a “jogar para Jesus flores de pequenos sacrifícios”.
Após seis anos na ordem, em 1894, almejando o caminho da santidade, Teresa percebe que não conseguiria pelas tradicionais mortificações, disciplina e sacrifício observado pelos santos a quem se dedica a estudar. Inspirada nas palavras de um padre, Teresa adota a "Pequena Via", um caminho pequeno e reto para a santidade, que consiste simplesmente em se entregar ao amor de Jesus Cristo, para que ele conduza pelo caminho.
Morreu em 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos. Disse, na manhã de sua morte: “eu não me arrependo de me ter abandonado ao amor”. No dia 4 de outubro de 1897, foi sepultada no cemitério de Lisieux. Sua irmã, Paulina, também carmelita, publicou em 1898 os escritos de Santa Teresinha, intitulados "História de uma alma". No dia 17 de maio de 1925, Teresinha foi canonizada pelo Papa Pio XI. O mesmo Papa a declara Patrona Universal das Missões Católicas em 1927. O Papa João Paulo II a declara Doutora da Igreja em 1997.

Testemunhos

Os testemunhos sobre as graças recebidas da santa são muitos e estão disponibilizados em vários websites na internet. Geralmente os admiradores da santa fazem a novena e um pedido, e Teresa de Lisieux se encarrega de dar um sinal fazendo com que alguém te ofereça uma rosa como forma de dizer sua graça será atendida.
No caso da advogada Verônica Campos, o primeiro contato com a santa aconteceu há sete anos. Ela contou que conheceu Santa Teresinha por intermédio da mãe que a entregou um santinho dela com uma oração. “Na ocasião, ela me explicou que essa Santa agia através de sinais, ou seja, caso a nossa graça a ser pedida viesse a ser alcançada, ela enviaria uma rosa como sinal.Na hora, vacilei, pois me pareceu uma coisa fascinante,mas ao mesmo tempo, difícil de ser alcançada”, disse.
Entretanto, a mãe estava muito impressionada com um fato recente acontecido com uma colega de trabalho, que havia recebido o aviso-prévio e, muito aflita, rezou sem parar invocando a intercessão de Santa Teresinha para que o presidente da empresa mudasse de idéia.
Cerca de uma semana depois, uma outra colega do trabalho a visitou e para surpresa dela, a presenteou com uma linda rosa vermelha. No outro dia, o presidente da empresa, inesperadamente, mandou avisar que havia desistido de exonerá-la. “Sabendo desse fato, eu guardei a oração e viajei para São Paulo. Algumas semanas depois, estando ainda lá, eu adoeci com fortes crises de tosse e febre e tinha que me recuperar rapidamente para estudar e trabalhar. Recorri logo para a Santa para fazer uma experiência. Comecei a rezar e no terceiro dia de oração, meu colega de escritório veio me visitar e , para minha surpresa, ele chegou com um vaso de flores. E olha que ele nunca havia me dado flor nenhuma”, comentou.
O livro está sendo vendido em João Pessoa, na livraria do Carmelo dentro da Igreja do Carmo, localizado na Praça do Bispo, no centro histórico da Capital, no quiosque católico do Shopping Manaíra ou ainda pela internet através do endereço eletrônico www.trezenasantateresinha.com.br. No site da trezena o internauta vai encontrar uma sala de orações 24 horas, um altar, espaço para testemunho, uma capela virtual e outras informações.
Adriana Crisanto
Serviço:
Trezena de Santa Teresinha
Editora do Autor
Autora: Verônica Campos Lima
Email: veronicacampos2@hotmail.com
Preço: R$ 12,00.

domingo, outubro 08, 2006

Educação em discussão

O professor Jorge Fernando Hermina estará lançando, respectivamente, nesta quinta-feira (5), às 18h30, na Fundação Casa de José Américo de Almeida, na avenida Cabo Branco, dois livros: “A Reforma Educacional no Brasil (1988-2001) – Processos Legislativos, Projetos em conflito e sujeitos históricos” e Educação na era FHC – Fundamentos Filosóficos e Políticos”. Na ocasião a professora Maria Aparecida Menezes falará sobre a obra.
As publicações são resultados de pesquisas da tese de doutorado defendida na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (FE/Unicamp) e foi editada pela Editora Universitária da UFPB.
Os dois livros coincidentemente chegam no mesmo momento em que os candidatos disputam vagas nas assembléias e projetam planos mirabolantes para resolver os inúmeros problemas da educação no país. Em “A Reforma Educacional no Brasil”, o autor levanta dados relevantes para compreender a reforma educacional brasileira.
O estudo é abrangente e complexo uma vez que envolve questões relacionadas às normas jurídicas, que estão indicadas no anexo no final do livro. São pareceres, portarias aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação e Ministério da Educação (Mec). Embora apresente dados de 2001, a pesquisa parece atual, uma vez que os conflitos para se obter uma reforma educacional séria e verdadeira no país passa longe do desejo dos brasileiros.
O professor Jorge Fernando, mais conhecido por Tom, esclarece que o estudo se encerrou em 2001 devido à aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), ou Lei no 10.172, que dentre outras coisas aprova o plano nacional de educação e dá providências.“Este fato foi reconhecido tanto pelas autoridades educativas nacionais como também pelas numerosas associações de professores, estudantes e sindicatos vinculados ao campo da educação, que historicamente, localizam-se na oposição política do processo de reformas, em especial depois que Fernando Henrique Cardoso chegou ao governo”, disse Hermida, um estrangeiro, natural da República Oriental do Uruguai, que parece conhecer muito mais da realidade política educacional brasileira do que os educadores brasileiros.
A publicação vem disposta em três capítulos em que fala, dentre outros assuntos, sobre o primeiro momento da reforma educacional no Brasil e seus antecedentes históricos, além de comentar sobre as propostas, seus mentores e os processos legislativos.
Um dos assuntos polêmicos do livro diz respeito ao papel do partido dos trabalhadores na atual conjuntura quando apoiava os sujeitos coletivos populares contra a proposta neoliberal de reforma educacional se portavam de uma maneira, e agora, como governo, continua mantendo vigente a política educacional aprovada nos governos anteriores.
Na opinião do professor, Silvio Sánches Gamboa, da Unicamp, que escreve o prefácio da obra, o livro contém novos elementos que responde a certas interrogações e vem para questionar se atual reforma em andamento poderá ser a manutenção de uma falácia com conseqüente aprofundamento das desigualdades.
O segundo livro “A Educação na Era FHC – Fundamentos Filosóficos e Políticos”, como próprio título sugere, consiste num aprofundamento filosófico sobre a educação no Brasil, no período de 1995/1998 e 1999/2002, quando o então sociólogo e intelectual Fernando Henrique Cardoso foi presidente da República Brasileira, no qual levantava a bandeira de um país democrático e igualitário.
O estudo ao mesmo tempo em que mostra aspectos qualitativos traz também dados quantitativos, com número populacional e educacional no Brasil sobre a educação básica, gráficos do Ministério da Educação com as taxas de analfabetismo e escolaridade em renda per capita.
Para César Aparecido Nunes, também professor da Unicamp, que escreve a apresentação da obra, a publicação tem um excelente potencial reflexivo e detém uma rigorosa estrutura expositiva. O que impressiona no livro é a comprovação autêntica dos interesses históricos da educação brasileira.

Sobre o autor:

O professor Jorge Fernando Hermida atualmente leciona na Universidade Federal Paraíba (UFPB). É natural de Montevidéu, república Oriental do Uruguai. Naturalizado brasileiro. Doutor em História, Filosofia e Educação pela Unicamp. Foi pesquisador visitante na Universidade de Salamanca, Espanha, no período de 1999 a 2001. Leciona nas áreas de educação infantil, ciência política e política educacional.
Adriana Crisanto

Serviço:
Lançamento:
A Reforma Educacional no Brasil (1988-2001) e
A Educação na Era FHC – Fundamentos filosóficos e políticos
Autor: Jorge Fernando Hermida
Editora Universitária – UFPB
Quinta-feira (5)
Local: Fundação Casa de José Américo de Almeida – Praia do Cabo Branco
Preço: R$ 27,00 e R$ 30,00
Pode ser encontrado na Casa do Livro no Campus I e em todas as livrarias da cidade.
Informações: jorgehermida@hotmail.com
Foto: Ovídeo Carvalho.
Matéria publicada no Jornal O Norte em outubro de 2006 com autorização do autor.