Encurtador para Whatsapp

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Bordado cor de prata

A exposição de fotografias e cartemas do fotógrafo Gustavo Moura e do artista gráfico Wênio Pinheiro, intitulada “Bordado da Prata”, permanece exposta até o dia 10 de fevereiro, no Casarão 34, localizado na Praça Dom Adauto, no centro de João Pessoa.

O designer gráfico Wênio Pinheiro, é natural de Campina Grande e reside atualmente em João Pessoa, onde desenvolve trabalhos na área, além dos ‘cartanemas’ em parceria com o fotógrafo Gustavo Moura, que nasceu em João Pessoa e tem um extenso currículo na área de fotografia.

Gustavo Moura participou de exposições individuais e coletivas em várias cidades, a exemplo das mostras ‘Fome de Viver’, ocorrida no antigo lixão do Róger, em 1980; ‘Bordéis’, no ano de 1981, em Fortaleza (CE); ‘Brasil Bom de Bola’, no Museu da República, no Rio de Janeiro, e ‘Ariano Suassuna 80 Anos’, no Festival de Cinema dos Países da Língua Portuguesa (Cine Port), que aconteceu no ano passado em João Pessoa.


A exposição
(texto da Secom Municipal)

A mostra consiste numa série de cartões-postais criadas na década de 1970 pelo artista plástico pernambucano Aloísio Magalhães e batizada por Antônio Houaiss, funcionando como a chave que abre para a fotografia o campo do abstracionismo.

Tomando o cartão-postal como módulo gerador da composição, através de um simples processo de colagem, Aloísio criou painéis de natureza caleidoscópica e enorme riqueza plástica, fazendo com que a imagem matriz perca a sua significação original no abstracionismo do conjunto.

Os cartanemas de Aloísio foram expostos pela primeira vez em 1972, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A ‘série brasileira’, de 1972, foi seguida pelas séries ‘barroca’ e ‘preto e branco’, ambas de 1974.

É por essa trilha aberta por Aloísio Magalhães que agora caminham os paraibanos Gustavo Moura e Wênio Pinheiro. Com o uso dos modernos recursos oferecidos pelo computador, os dois artistas ampliam as possibilidades do cartanema, criando composições abstratas a partir de fotografias que Gustavo Moura tirou de pessoas, de detalhes de monumentos arquitetônicos paraibanos ou mesmo de trechos da paisagem da sua terra natal.

O poeta Lau Siqueira diz que “a lente, na verdade, é a extensão da retina em um criador que busca a transfiguração do real, a releitura do mundo através da fotografia. Não se trata, pois, apenas de capturar imagens. Trata-se de fundar uma relação absolutamente singular no que permite a nudez do olhar. Assim está estabelecido o permanente exercício de Gustavo Moura com a profusão de elementos dispostos no que irá determinar a perenidade dos instantes capturados”.

Adriana Crisanto
Repórter
adriana@jornalonorte.com.br
adrianacrisanto@gmail.com
Fotos: Divulgação.
Fonte: www.gustavomoura.com