A medida que a
morte dela se espalhou na internet os fatos sobre
a vida da cantora foram surgindo e um deles foi de que Elza faleceu no mesmo dia em
que seu ex-marido, o jogador de futebol Garrincha, do clube Botafogo e autor de
inúmeros espetáculos futebolístico da seleção brasileira da década de 1950. Neste
mesmo dia fez 40 anos da morte do jogador.
O empresário
da cantora conta que ela faleceu como queria, sem dor e sofrimento e que o dia
parecia normal. Ela acordou, fez fisioterapia e foi descansar, pois, seus
cuidadores achavam que ela havia se cansado da fisioterapia. Minutos depois ela
mesma anunciou sua morte: “Acho que vou morrer” e desfaleceu.
Elza que em hebraico
significa “Deus dá” sempre se entregou a tudo na sua vida com muita vontade,
sempre foi inteira e autêntica como mostra a biografia escrita pelo jornalista Zeca
Camargo, em 2018. Nas suas redes sociais, o biografo lamentou a morte da
cantora dizendo que Elza simplesmente não era para existir, pois a vida jogou
contra ela o tempo todo.
Quem ainda não
leu essa biografia é uma oportunidade para conhecer a vida dessa grande mulher
brasileira, que foi violentada por Garrincha, em uma época em que não se falava
em violência doméstica, perdeu quatro filhos dos seis que teve. Negra, pobre ela
passou por tudo de ruim que uma pessoa não precisa passar e foi extremamente
massacrada pela sociedade. Se achou na música com “Se Acaso Você
Chegasse", em 1959 e desde então se aproximou do samba e do sambalanço.
Tem 34 discos
lançados em que mistura o samba com jazz, hip hop, funk e música eletrônica. Passou
um período de ostracismo pensou inclusive e a desistir foi quando Caetano
Veloso a convidou para cantar um samba-rap chamado “Língua” no CD Velô (1984).
Uma das obras mais legais foi “Planeta Fome”, em 2019.
No ano passado
em meio a pandemia ainda fez algumas lives e nos dias 17 e 18 janeiro gravou o
DVD. Estava feliz e tranquila. O corpo da cantora será velado no Theatro
Municipal do Rio, Centro da Cidade, na sexta-feira (21). A cerimônia será
fechada para familiares e amigos, das 8h às 10h, e aberta ao público das 10h às
14h.
Depois um
carro do Corpo de Bombeiros fará o translado pela avenida Atlântica, onde morou
até cemitério Jardim da Saudade Sulacap, onde haverá velório na Capela VIP às
15h (restrito aos familiares e amigos) e sepultamento, às 16h, no setor do
Cristo Redentor, em homenagem à cantora.