Escritora relança pela Editora Record livro
com acréscimo de outros poemas
Adriana Crisanto
O amor em suas variadas formas, o drama da existência humana, as escolhas, encontros, desencontros ou fatalidades. Estas são algumas das temáticas trazidas no livro “Secreta Mirada e Outros Poemas” (Editora Record. 160 pág. R$ 24,90) da escritora Lya Luft, a mesma autora de Perdas e Ganhos.
O livro, que foi lançando originalmente no ano de 1997, chega para o leitor reeditado com acréscimo de outros poemas selecionados da obra “Mulher no Palco”. Os poemas vêm recheados de emoção e sensibilidade, uma característica da autora. Os mais sensíveis diriam. “Ela é maravilhosa, diz aquilo que estamos sentindo”. Antes mesmo de aprofundar na leitura do livro me veio uma dúvida: Mas, o que tem os escritores e poetas que traz na alma um pedaço do sentimento de outras pessoas?
Não demorou muito e a própria autora me respondeu no poema “Canção da Mulher que Escreve” (página 19): “Não perguntem pelo meu poema: nada sei do coração do pássaro que a música inflama (...) Não queiram entender minhas palavras: não me dissequem, não segurem entre vidros essas canções, essas asas, essa névoa. Nem eu ouso erguê-lo entre meus dedos e perturbar a sua liberdade”.
É assim que os escritores da alma da gente escrevem. É assim que escreve Lya Luft, sempre direta, certeira. Pronta a vencer a banalidade do cotidiano e entender o outro, sem pestanejar, sem um pingo de tédio. Os poemas da autora são como canções mesmo que ela as nomeou um a um de conformidade com as coisas que acontecem na sua vida.
São 160 páginas em que Lya Luft fala sobre o amor e também como anistiar os ressentimentos do passado, as mágoas, e como se sentir inteiro depois que tudo passou. Os poemas são bem dispostos, um por página, contados como num romance. O campo de visão da autora é vasto ao mesmo tempo em que se parece com uma folha no vento, que sai rasgando a liberdade.
Para os filhos (Susana, André e Eduardo) ela dedicou três poemas-canções. Para ela a maternidade é como encostar o ouvido na porta fechada sobre o mistério, se sente amor, ternura e uma espécie de medo.
O livro, que foi lançando originalmente no ano de 1997, chega para o leitor reeditado com acréscimo de outros poemas selecionados da obra “Mulher no Palco”. Os poemas vêm recheados de emoção e sensibilidade, uma característica da autora. Os mais sensíveis diriam. “Ela é maravilhosa, diz aquilo que estamos sentindo”. Antes mesmo de aprofundar na leitura do livro me veio uma dúvida: Mas, o que tem os escritores e poetas que traz na alma um pedaço do sentimento de outras pessoas?
Não demorou muito e a própria autora me respondeu no poema “Canção da Mulher que Escreve” (página 19): “Não perguntem pelo meu poema: nada sei do coração do pássaro que a música inflama (...) Não queiram entender minhas palavras: não me dissequem, não segurem entre vidros essas canções, essas asas, essa névoa. Nem eu ouso erguê-lo entre meus dedos e perturbar a sua liberdade”.
É assim que os escritores da alma da gente escrevem. É assim que escreve Lya Luft, sempre direta, certeira. Pronta a vencer a banalidade do cotidiano e entender o outro, sem pestanejar, sem um pingo de tédio. Os poemas da autora são como canções mesmo que ela as nomeou um a um de conformidade com as coisas que acontecem na sua vida.
São 160 páginas em que Lya Luft fala sobre o amor e também como anistiar os ressentimentos do passado, as mágoas, e como se sentir inteiro depois que tudo passou. Os poemas são bem dispostos, um por página, contados como num romance. O campo de visão da autora é vasto ao mesmo tempo em que se parece com uma folha no vento, que sai rasgando a liberdade.
Para os filhos (Susana, André e Eduardo) ela dedicou três poemas-canções. Para ela a maternidade é como encostar o ouvido na porta fechada sobre o mistério, se sente amor, ternura e uma espécie de medo.
Sobre a autora
Lya Luft nasceu no dia 15 de setembro de 1938, em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. Posteriormente, estudou em Porto Alegre (RS), onde se formou em pedagogia e letras anglo-germânicas. Iniciou sua vida literária nos anos 60, como tradutora de literaturas em alemão e inglês. Lya Luft já traduziu para o português mais de cem livros.
Entre outros, destacam-se traduções de Virginia Wolf, Reiner Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris Lessing, Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann. Na bibliografia da escritora consta os lançamentos de Canções de Limiar (1964), Flauta Doce (1972), Matéria do Cotidiano (1978), As Parceiras (1980), A Asa Esquerda do Anjo (1981), Reunião de Família (1982), O Quarto Fechado (1984), Mulher no Palco (1984), Exílio (1987), O Lado Fatal (1989), O Rio do Meio (1996), Secreta Mirada (1997), O Ponto Cego (1999), Histórias do Tempo (2000), Mar de Dentro (2000), Perdas e Ganhos (2003).
Entre outros, destacam-se traduções de Virginia Wolf, Reiner Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris Lessing, Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann. Na bibliografia da escritora consta os lançamentos de Canções de Limiar (1964), Flauta Doce (1972), Matéria do Cotidiano (1978), As Parceiras (1980), A Asa Esquerda do Anjo (1981), Reunião de Família (1982), O Quarto Fechado (1984), Mulher no Palco (1984), Exílio (1987), O Lado Fatal (1989), O Rio do Meio (1996), Secreta Mirada (1997), O Ponto Cego (1999), Histórias do Tempo (2000), Mar de Dentro (2000), Perdas e Ganhos (2003).