Para quem gosta de política, marketing e publicidade (ou tudo isso junto) um aviso: há um livro importante na praça. O título “O Moído de 2002 – Bastidores da campanha eleitoral que rachou a Paraíba” (Editora Livro Livre, 2006. 231 págs.) e o autor Stalimir Vieira, publicitário gaúcho. O lançamento oficial acontece nesta sexta-feira (24), no Mezanino II do Espaço Cultural José Lins do Rego, mais precisamente no stand da Estratégia Consultoria na Exposição de Marketing Político, a partir das 18h30.
O livro é um diário de bordo de como aconteceu, passo a passo, o desenvolvimento de uma estratégia de marketing político, bem com a definição de um conceito de campanha publicitária política. O texto não é urdido e para os acostumados a elaborações mais densas, lê-lo talvez seja fácil, uma vez que o autor não apela para críticas, reflexões fundamentadas.
Em um Estado em que tudo, mais tudo mesmo, cheira a política o livro chega estrategicamente em boa hora, em ano eleitoral. As questões colocadas pelo autor são fruto de uma experiência de 18 meses em que tentou eleger alguns políticos da região. No entanto, diz o editor na orelha do livro, fazer marketing político é fazer história, pois a história precisa ser contada, registrada, discutida.
O marketing político se transformou, nos últimos anos, em um instrumento indispensável para a sobrevivência dos empresários e de suas instituições. Segundo o papa do assunto, Philip Kotler, marketing é “a atividade humana dirigida à satisfação das necessidades e desejos através de um processo de troca”.
Toda campanha política necessita de criadores, onde cada passo é uma nova criação. A criação nasce do confronto. Opor-se a seu cliente é uma necessidade profissional. Todo político é muito cortejado, também não há candidato sem cortejo. Os seus assessores e aqueles que andam muito próximo a ele o cobrem de louvores que o sufocam. Mas, mesmo assim, ainda existem muitos políticos que, mesmo cercados de incompetentes assessores, bajulados o tempo todo, não conseguem abrir os olhos e enxergar o inverso da situação. Não conseguem sequer, perguntar para si mesmos, que produto estão oferecendo, que idéia estão transmitindo e que percepção os eleitores estão tendo.
Neste livro, Stalimir Vieira oferece em doses adequadas um medicamento chamado comunicação que se tomado conforme a bula pode salvá-los e em doses elevadas pode se tornar um veneno fatal. Uma outra questão levantada por “Stalim” (ir) – ou nome difícil - é o perigo da banalização da imagem do político, pois o marketing político está relacionado diretamente com a formação da imagem em longo prazo. É utilizado por pessoas e políticos que desejam se projetar publicamente. É preciso saber o momento certo para falar e com muita moderação.
As campanhas eleitorais envolvem uma série de profissionais de diversas áreas, pois não existe mais espaço para campanhas de improviso, feitas apenas na base da intuição e acordos políticos, principalmente na atual conjuntura em que se encontra o País, imersos em altas taxas de juros e com vários problemas sociais. Ou será que na Paraíba política intuitiva ainda existe? Bem, como aqui tudo é possível acontecer faz-se necessário então ter umas aulas com o publicitário político Stalimir Vieira.
O que chama bastante atenção na publicação é a ilustração, uma charge dos políticos envolvidos na campanha de 2002. Imersos em uma piscina, os candidatos, munidos de luvas de boxes se esbofeteiam como numa brincadeira de crianças. Na Europa uma charge dessa poderia virar motivo para uma guerra civil, mas como estamos no Brasil, graças a Deus, tudo é liberdade de expressão.
O título do livro “Moído” é outro ponto que chama atenção do leitor. Moído, para quem ainda desconhece, é uma expressão popular (gíria local) para se dizer quando um assunto já foi exaustivamente discutido, falado, mexido, maçado e fatigado pelos candidatos, assessores, eleitores e pela opinião pública, e que mesmo assim continua sem solução definitiva.
Sobre o autor
Stalimir Vieira tem um abastado currículo profissional. É publicitário há 31 anos. Dirigiu a criação na DPZ, na W/Brasil, na Bates, em São Paulo, e na DDB Argentina. Foi professor e coordenador da cadeira de criação e inovação da Escola Superior de Propaganda e Marketing, diretor do Clube de Criação de São Paulo, conselheiro-fundador da Escola de Criação da ESPM, diretor da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) e da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap). É membro do Conselho de Ética do CONAR.
Assina colunas na revista Amanhã e no semanário Propaganda & Marketing, além de ter artigos publicados em outros importantes meios de comunicação, como Folha de S. Paulo e revista Exame. É conferencista, com palestras e workshops realizados em todo o Brasil e no exterior. Professor convidado de pós-graduação em Comunicação Social pela Universidade de Havana. É autor dos livros “Raciocínio Criativo na Publicidade” (em terceira edição) e “Marca: o que o coração não sente os olhos não vêem (reflexões sobre marketing e ética), publicados pelas Edições Loyola e pela Editora PUC-Rio e co-autor do livro “Propaganda: profissionais ensinam como se faz” (em segunda edição pela Editora Atlas). É diretor-geral da Stalimir Publicidade e da Stalimir Marketing Político e Comunicação Institucional.
Adriana Crisanto
adriana@jornalonorte.com.br
Serviço:
O Moído de 2002 – Bastidores da campanha eleitoral que rachou a Paraíba
Autor: Stalimir Vieira
Editora Livro Livre
231 páginas
Lançamento: Sexta-feira (24)
Hora: Mezanino II do Espaço Cultural José Lins do Rego, mais precisamente no stand da Estratégia Consultoria na Exposição de Marketing Político.
Hora: 18h30.
adriana@jornalonorte.com.br
Serviço:
O Moído de 2002 – Bastidores da campanha eleitoral que rachou a Paraíba
Autor: Stalimir Vieira
Editora Livro Livre
231 páginas
Lançamento: Sexta-feira (24)
Hora: Mezanino II do Espaço Cultural José Lins do Rego, mais precisamente no stand da Estratégia Consultoria na Exposição de Marketing Político.
Hora: 18h30.