
Cacau Brasil trocou Minas Gerais pelo Ceará
e hoje equilibra rock com música regional
Para quem pensava que com o surgimento do rock aconteceria a grande ruptura estética e cultural da música e com isso estavam alteradas as formas de fazer música popular no século 20, hoje, se impressiona ao ver a mistura dos gêneros. A fusão de estilos, que para alguns não agrada na primeira audição, provocou o rejuvenescimento em algumas áreas da música e em todos os Estados do Nordeste. Foi assim nos Estados de Pernambuco, Paraíba e no Ceará com Cacau Brasil que acaba de lançar “Visionário”, um bem elaborado projeto musical produzido por Pantico Rocha (baterista de Lenine) e produção executiva de Airton Montezuma.
Neste trabalho Cacau Brasil consegue equilibrar as influências e deixa evidente a marca de forró nas dez faixas do disco, em que nove delas são de sua autoria. Este é o segundo CD do cantor e compositor mineiro, radicado no município de Aquiraz, um paraíso do litoral do Ceará que foi a primeira capital do Estado. Paralelo a música Cacau coordena uma associação cultural (Tapera das Artes) que trabalha com crianças e adolescentes em situação de risco social, no Ceará, num programa que atende cerca de 2000 jovens de Aquiraz.
É daí que vem toda inspiração para composição das letras das canções, em que remete toda sua relação com a arte, política de inclusão social, natureza, contradições, desigualdade, beleza e religiosidade. Como também temáticas que expressam os costumes locais, como nas músicas Jangada, Lagartixa e Capoeira.
Seguindo a linha visionária do paraibano Zé Ramalho e do pernambucano Alceu Valença, o músico e professor Cacau Brasil mistura xote, rock, forró, baião, maracatu e até uma balada romântica intitulada “Orvalho” (faixa 8), que tem a participação especial de Dominguinhos. “A canção é simples e grandiosa como o ciclo da vida, que recomeça a cada dia”, explicou o músico.
Uma das músicas de destaque é “Espelho Cristalino”, de autoria de Alceu Valença, em que propõe uma nova roupagem e utiliza as batidas do boi do Maranhão e o baião. Cacau explica que essa música é um encontro da natureza com a cultura popular, a batalha da selva de pedra e aço. “A arte é o único amuleto, que protege e ilumina. É o reflexo do próprio artista, o espelho cristalino, que o faz pleno”, disse.
A última faixa “Visionário”, que leva o título do álbum, o artista aparece como uma pessoa tentando encontrar respostas para o seu destino. “O caminho e o futuro levado na cruz”, diz a letra. Apesar da tarefa difícil de se viver o visionário Cacau Brasil procura uma luz no fim do túnel, ao mesmo tempo em que tem que ficar atento aos sons que surgem da vida.
Comentando sobre as canções do disco Cacau diz que a música “Lagartixa” (faixa 4) foi inspirada na obra do cordelista Leandro Gomes de Barros (1918-1968), “O Casamento e Divorcio da Lagartixa”, que consiste numa brincadeira com a figura das mulheres nordestinas e a forma brejeira de seduzir os homens e no rascunho de uma letra do pesquisador Silvio Romero, que utiliza a expressão nordestina “enrabichar”, que conota sedução e sensualidade.
Acompanham Cacau Brasil neste trabalho uma turma formada por jovens músicos, com idade variando entre 17 a 20, que foram descobertos no projeto social Tapera das Artes. Entre eles estão: Igo Abreu (berimbau e berrante), Hallison e Magno Miranda (percussão e efeitos). Os jovens estão ao lado de músicos como: Miquéias dos Santos (baixo), Lu de Souza (violão e guitarra) e Hot Júnior (percussão). Além de Waldonis (acordeon), Manasses de Souza (viola de 12 cordas), Márcio Resende (flauta transversal), Rodolfo Forte (acordeon) e Jair Dantas (acordeon).
Neste trabalho Cacau Brasil consegue equilibrar as influências e deixa evidente a marca de forró nas dez faixas do disco, em que nove delas são de sua autoria. Este é o segundo CD do cantor e compositor mineiro, radicado no município de Aquiraz, um paraíso do litoral do Ceará que foi a primeira capital do Estado. Paralelo a música Cacau coordena uma associação cultural (Tapera das Artes) que trabalha com crianças e adolescentes em situação de risco social, no Ceará, num programa que atende cerca de 2000 jovens de Aquiraz.
É daí que vem toda inspiração para composição das letras das canções, em que remete toda sua relação com a arte, política de inclusão social, natureza, contradições, desigualdade, beleza e religiosidade. Como também temáticas que expressam os costumes locais, como nas músicas Jangada, Lagartixa e Capoeira.
Seguindo a linha visionária do paraibano Zé Ramalho e do pernambucano Alceu Valença, o músico e professor Cacau Brasil mistura xote, rock, forró, baião, maracatu e até uma balada romântica intitulada “Orvalho” (faixa 8), que tem a participação especial de Dominguinhos. “A canção é simples e grandiosa como o ciclo da vida, que recomeça a cada dia”, explicou o músico.
Uma das músicas de destaque é “Espelho Cristalino”, de autoria de Alceu Valença, em que propõe uma nova roupagem e utiliza as batidas do boi do Maranhão e o baião. Cacau explica que essa música é um encontro da natureza com a cultura popular, a batalha da selva de pedra e aço. “A arte é o único amuleto, que protege e ilumina. É o reflexo do próprio artista, o espelho cristalino, que o faz pleno”, disse.
A última faixa “Visionário”, que leva o título do álbum, o artista aparece como uma pessoa tentando encontrar respostas para o seu destino. “O caminho e o futuro levado na cruz”, diz a letra. Apesar da tarefa difícil de se viver o visionário Cacau Brasil procura uma luz no fim do túnel, ao mesmo tempo em que tem que ficar atento aos sons que surgem da vida.
Comentando sobre as canções do disco Cacau diz que a música “Lagartixa” (faixa 4) foi inspirada na obra do cordelista Leandro Gomes de Barros (1918-1968), “O Casamento e Divorcio da Lagartixa”, que consiste numa brincadeira com a figura das mulheres nordestinas e a forma brejeira de seduzir os homens e no rascunho de uma letra do pesquisador Silvio Romero, que utiliza a expressão nordestina “enrabichar”, que conota sedução e sensualidade.
Acompanham Cacau Brasil neste trabalho uma turma formada por jovens músicos, com idade variando entre 17 a 20, que foram descobertos no projeto social Tapera das Artes. Entre eles estão: Igo Abreu (berimbau e berrante), Hallison e Magno Miranda (percussão e efeitos). Os jovens estão ao lado de músicos como: Miquéias dos Santos (baixo), Lu de Souza (violão e guitarra) e Hot Júnior (percussão). Além de Waldonis (acordeon), Manasses de Souza (viola de 12 cordas), Márcio Resende (flauta transversal), Rodolfo Forte (acordeon) e Jair Dantas (acordeon).
Adriana Crisanto
adriana@jornalonorte.com.br
adriana@jornalonorte.com.br
Serviço:
Cacau Brasil – Visionário
Distribuição Independente
Contato: 85. 3361.2704
Informações: www.cacaubrasil.net